
“O Amor é Um Ato Revolucionário” denomina o novo disco lançado pelo cantor paraibano Chico Cesar. Ao todo 13 canções e mais uma faixa bônus (uma segunda versão, mais crua, da música “Eu Quero Quebrar”), tudo assinado pelo próprio Chico. Mas o músico não ficou apenas nas faixas do disco, também assinou a produção ao lado de André Kbelo e a direção ao lado de Helinho Medeiros.
Uma curiosidade sobre este trabalho, é que nem tudo é inédito. Apesar de só duas músicas terem sido lançadas anteriormente (“History” e “Pedrada”), durante o processo de composição, entre uma e outra, Chico liberava nas redes sociais a versão voz e violão. Então quem é fã e acompanha de perto o dia a dia do cantor com certeza pode conhecer algumas delas, que até então ainda nem tinham nome.

Em todo o caos que vivemos hoje, ódio em cima de ódio, a ascensão da direita com traços de viés fascista, amar realmente é um ato revolucionário. O nome do disco não poderia ter sido outro, afinal, Chico é muito além da música, também é escritor, jornalista e ativista, um dos maiores representantes da esquerda brasileira no mundo da música. Na música “Pedrada”, uma das minhas preferidas do disco, isso fica bem claro:
“Cães danados do fascismo/ Babam e arreganham os dentes/ Sai do ovo a serpente/ Fruto podre do cinismo/ Para oprimir as gentes/ Nos manter no escravismo/ Pra nos empurrar no abismo/ E nos triturar com os dentes…”
Muito além das letras, o disco é rico em ritmo e musicalidade. Guitarras, percussão, violão, metais. Tudo isso unido para passar a mensagem nos mais variados estilos, pois a música é uma das mais importantes armas da revolução.
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