
“Casa Branca” é o nome do primeiro álbum da cantora Maria Luiza Jobim. Um dos discos mais aguardados desse ano, a expectativa foi aumentado aos poucos sobre o que Maria Luiza seria capaz de apresentar.
O single liberado um tempo atrás leva o mesmo nome do disco, Casa Branca. Através de uma forma doce e terna, ela retratou um pouco da sua infância, até com muitos detalhes, uma música realmente muito linda. Acredito que quem ouviu imaginou que ela seguiria a linha dessa canção, mais calma, com pouco uso sintetizador, algo mais pontual.
Mas agora libera o disco e “UOU”, ela foi além disso e deve ter pego muita gente de surpresa, inclusive eu, mas garanto que foi uma surpresa muuuuito boa.
Já na segunda música, “Corpo e Calor”, apresentou grande influência do pop eletrônico, tornando a canção bem mais animada, lembrando um pouco aqueles dream pops bem gostosos de ouvir. Mas não fica só nisso não, o disco todo é uma mescla de estilo, você consegue viajar também pela mpb, bossa nova, ao piano, à doçura e capricho da voz de Maria Luiza.

O disco traz uma carga emocional bem forte, pois retrata lembranças boas da Casa Branca onde cresceu, da convivência e amor à música dividida com seu pai e também sobre a maternidade, inclusive com uma canção que fez para a filha, “Antonia”, a última faixa do disco.
A canção “Meditation” foi um grande desafio, parceria de seu pai, Tom Jobim, com Newton Mendonça, a música foi gravada até por Frank Sinatra, mas Luiza trouxe sua autenticidade e conseguiu interpreta-la lindamente.
“Foi uma escolha muito natural gravar meu pai nesse trabalho porque foi onde a música começou pra mim. Ele tocando, os ensaios que aconteciam em casa, nós dois cantarolando… Meditation entrava nesse repertório e é uma referência pra mim”, diz Luiza.
O disco, com produção de Kassin (Los Hermanos, Clarice Falcão), contém 8 faixas que te fazem viajar por estilos e se encantar com cada detalhe. Feche os olhos e aprecie Casa Branca.
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