
“Memorycard” é o nome do primeiro disco do projeto Ambivalente, pelo músico Rodolfo Ribeiro. Gravado e produzido por Patrick Laplan, o trabalho lançado pela Valente Records e Primata Records traz 8 faixas, sendo duas delas lançadas previamente, expondo de peito aberto todo o sentimento por trás e por dentro do músico carioca.
É difícil.
É difícil ser jovem, ter que saber o que quer, ter que lidar com os problemas, com o bombardeio de informações (principalmente ruins), lidar com a pressão, com a depressão que nos segura e com um bando de babaca que acha que é tudo mimimi. É preciso encontrar uma forma de se proteger, de extravasar, de mostrar e ser apoio aos amigos. A música foi a forma que Rodolfo encontrou para expor sua vida, suas frustrações e tudo o que está englobando sua vida na atuação situação.

É o amor frustrado, correspondido, mas depois frustrado. É não dormir a noite e ser capaz de ver o mundo e as coisas de uma aspecto diferente, talvez ver a realidade da forma que ela é, crua, visceral. É se achar forte e o suficiente e não aceitar mais o que vem de fora, sendo que o que vem de fora é o que muitas vezes nos fazem ser mais fortes e suficientes.
É a perda, lidar com a perda sem ao menos saber o motivo que se perdeu. A vida é assim mesmo, um descaminho extremamente inacabado onde vamos deixando nossos pedaços ao chão e às vezes não temos tempo ou disposição de parar para pegá-lo.
A memória é muitas vezes romantizada como algo pra se sentir falta, daí vem todo o conceito do que é a saudade. Como a sociedade incentiva esse apego excessivo a memória pode se tornar algo tóxico, algo que te acorrenta a lembrança”, conta Rodolfo.
“Memorycard” é um turbilhão de sentimento meio desorganizados e espalhados por aí, como o nosso ser é, como a nossa mente está. Mas também é uma tentativa de reconectar o homem a sua alma, a sua própria natureza que é ser e apreciar o belo.
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