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Resenha | TTNG em São Paulo

TTNG no Fabrique Club. Foto por Fernando Lodi

18 de janeiro de 2020. Fabrique Club – São Paulo

Um dia nublado do lado de fora, um pouco abafado. Ótimo para uma cerveja e rolê com os amigos. Quem optou por estar no Fabrique Club neste dia, com certeza, fez a escolha certa. Apesar dos percalços com a mudança de data da apresentação, quem conseguiu se reorganizar e estar presente no show foi contemplado com uma apresentação histórica, não apenas por ser a primeira vez do TTNG no Brasil, mas também por tudo o que foi visto no palco.

O ar condicionado estalando estava bem gelado, mas em pouco tempo todos foram se aproximando do palco, o calor do público foi aumentando e quando o TTNG iniciou o show (pontualmente às 18h) tudo começou a ferver. Para abrir a apresentação, a canção escolhida foi “Chinchilla”, que também é a música de abertura de “Animals”, segundo disco dos britânicos.

Vídeo gravado por Elber M. Rock

Mesmo com o som não tão bem regulado nas primeiras duas músicas, os fãs não pareciam se importar, pois o trio esbanjava simpatia fora do normal, sempre conversando com o público antes das músicas, ainda mais pois as guitarras de Tim Collis precisavam ser afinadas frequentemente. Aliás, que homem! Poucas vezes vi um guitarrista se destacar tanto em um show, já se tornou um dos meus guitarristas preferidos.

Uma apresentação cheia de energia que nos fez viajar na sonoridade que mescla math rock com emo, nas melodias cativantes que me fizeram fechar os olhos e sentir a sensação prazerosa dos acordes, dos riffs virtuosos, complexos e penetrantes. Fomos contemplados por músicas incríveis que foram maturadas por muito tempo até chegar nesse ponto que, em algumas vezes, chega a ser hermético demais, mas em outros traz leveza e serenidade. Parece contraditório, mas compassos complexos como esses sempre fazem uma bagunça em nossas sensações.

Foto por Fernando Lodi

Henry Tremain foi sempre muito bem receptivo com o público, conversou, brincou, fez piada, se desculpou pelos problemas que resultaram na mudança de data do show e até pediu um desodorante emprestado. A apresentação durou pouco mais de uma hora, infelizmente não teve bis, mas quem estava lá realmente amou o que viu e cantou em coro, pulou e sentiu as vibrações de boas músicas. Quem não era fã com certeza virou.

E mais uma mostra da simpatia do trio, além de conversar e tirar fotos com a galera após o show, os três acompanharam toda a apresentação da banda de abertura E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante no meio do público. TTNG soube se portar no palco, mostrar seu talento e cativar ainda mais os fãs brasileiros.

Henry Tremain, Tim Collis e Chris Collis assistindo o show da EATNMPTD. Foto por Fernando Lodi

E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante

17h, pontualmente, EATNMPTD começou seu show. Para quem já conhece, era certo que o fenômeno do post-rock nacional iria fazer uma apresentação fantástica, e foi exatamente isso que aconteceu. Com muita energia nas canções mais vibrantes, garantiram um bom público em seu show de abertura, muita gente chegou cedo para vê-los. Com músicas do disco “Fundação”, lançado em 2018, a banda trouxe uma sonoridade penetrante, que te faz sentir-se vivo, mas também como se os pés saíssem do chão com leveza, mesmo com os acordes pesados da guitarra.

O show teve duração de 40 minutos, que foram mais que suficientes para mostrar que E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante é uma das melhores bandas brasileiras da atualidade. O pessoal do TTNG também deve ter achado isso!

EATNMPTD no Fabrique Club. Foto por Fernando Lodi

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Ouça a Banda:

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