
“Cosmo” é o nome do novo disco do cantor e compositor Cícero. Mais uma vez ele apresenta um trabalho carregado de leveza, fluidez e que traz aquela gostosa sensação de se sentir muito bem acolhido pela sua voz.
É uma expansão de sentimentos que vislumbram a imensidão do que não está ao alcance. A introspecção do artista se manteve firme como nos trabalhos anteriores, o aspecto “canções feitas na solidão do quarto” se fez presente.
Por algum motivo, sei lá qual é, eu estava com muita dificuldade de escrever sobre esse disco. Mas quando comecei a ver a live que Cícero fez em seu quarto em quarentena eu senti uma felicidade e um ânimo que realmente estava precisando nesse momento de crise.

“Some Lazy Day”, uma das melhores do disco, foi a escolhida por Cícero para abrir sua live, talvez por toda a sua leveza e romantismo que foi possível compreender quando ouvi o disco pela primeira vez.
“Cosmo” traz leveza e simplicidade que emocionam. Nos antigos trabalhos também vimos isso, porém agora parece tudo mais amplificado, um céu aberto carregado de emoções. Uma canção feita no ano passado se tornou a mais atual e significativa do disco: “Miradouro Nova Esperança”.
Ouça a Canção
Com tudo o que estamos vivendo, incertezas, medos, sentimentos confusos e desordenados, “Miradouro Nova Esperança” nos traz o alento:
“O céu anda mesmo distante
Vendo o tempo passar
É, são dias estranhos
Também não sei onde vai dar
Ares e cores de algum lugar
Me amiguei do vento, que é pra não cansar”…
“Até onde sei, o tempo tende a melhorar na linha do horizonte
No ponto mais distante
Até onde sei, o tempo tende a melhorar
No ombro do gigante
De onde dá pra enxergar”.
“Cosmo” exterioriza os sentimentos: angústia, melancolia, alegria, medo, amor. Emaranhado de percepções sobre tudo o que se sente, tudo o que há no peito e que existe a necessidade de ser jogado ao universo.
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