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Lançamento | Sarah Abdala: Pueblo

“Pueblo” é o nome do terceiro disco da cantora, compositora e produtora Sarah Abdala. Ele nos coloca como protagonista, vivenciando cada canção e cada melodia como um novo horizonte que transporta significados únicos em ambientações dentro do nosso imaginário.
Foto Divulgação por Tai Fonseca

Pueblo” é o nome do terceiro disco da cantora, compositora e produtora Sarah Abdala. Se jogando em horizontes ainda não descobertos, este álbum difere da aura existencialista do disco “Futuro Imaginário” (2014) e do reflexo das raízes goianas de “Oeste” (2017).

Antes de começar, quero dizer que em 2020, apenas dois discos me emocionaram ao ponto de me tiraram lágrimas. “Pueblo” é um deles.

Fazendo das palavras de Alceu Valença as minhas: “da bruma leve das paixões que vem de dentro…”. É assim que entendo o disco “Pueblo”.

A princípio, pode parecer um pouco rodeado por certa nebulosidade que impossibilite o entendimento imediato. Mas a verdade é que é leve. Porém não é raso. Sentimos um mergulho nas profundezas do mar, onde encontramos os polvos, ou povos, se nos aprofundarmos nas florestas.

Capa do Disco por Rodrigo Alarcon

É um voo de pássaros que pairam sobre nós, trazendo aquela sensação de satisfação que nem mesmo conseguimos explicar. O caminho percorrido é vasto, por onde encontramos paisagens sonoras que contemplam o que está dentro de nós. É vívido, autêntico. Um retrato de raízes, da origem e de se entender como um indivíduo dentro do seu povo.

Povo conhecido também por América Latina. Como se você, um ser nato por conta própria, conflitasse com questões que permeiam os sentimentos refletidos de toda uma pátria. Em momento de perda de identidade cultural, “Pueblo” é um acalanto para nossas emoções.

“Muitos brasileiros acham que o que é produzido no Brasil ou na América Latina não presta, isso vai da música à ciência. A gente tem esse ranço de ser o quintal do mundo, um ranço colonial… Claro que tivemos e temos movimentos que tentaram ‘explicar’ o nosso povo a partir do nosso povo (vários escritores, músicos, pesquisadores desenvolveram trabalhos nessa área), mas isso não se tornou um pensamento de massa. Esse sentimento de que daqui não sai nada bom faz com que a gente diga ok pra muitas coisas, com se nós merecêssemos isso. E claro, não merecemos. Por isso, acredito que de muitas formas o nosso povo precisa ser libertado desse movimento perigoso, reacionário, que tomou de assalto a política e o imaginário brasileiro. Libertado de muitos preconceitos, e um deles é o preconceito que temos com nós mesmos, como latinoamericanos”, reflete Sarah Abdala, que morou por anos no México. 

Veja o clipe da canção Seio Azul

Rodeado por minimalismo musical, o simples se fez extremamente denso e sobrecarregado de sensações que vão desde a afetividade da voz de Sarah Abdala até o estado quase mântrico das guitarras, viola e violão cercados por camadas de sintetizadores.

Com mixagem e masterização de Rogério Sobreira, o disco tem participações de nomes como Lucas Vasconcellos, Marcelo Callado, Tai Fonseca e Felipe Fernandes e é um lançamento do selo Pomar.

“Pueblo” nos coloca como protagonista, vivenciando cada canção e cada melodia como um novo horizonte que transporta significados únicos em ambientações dentro do nosso imaginário.

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Ficha Técnica:
Gravado por Sarah Abdala no Estúdio Pomar
Gravações adicionais de synths, piano elétrico e modulares por Rogério Sobreira
Gravações adicionais de percussão no Estúdio Do Amor
Gravações adicionais de Piano, trompete e baixo no Estúdio Pavão Preto
Percussões em “Terra”, “Migrante” e “Um Poema Escrito Sobre Nós” – Marcelo Callado
Baixo em “Seio Azul”, “Ave Sem Ninho” e “Migrante” – Lucas Vasconcellos
Trompete em “Ave Sem Ninho” – Lucas Vasconcellos
Piano em “Seio Azul” e “Ave Sem Ninho” – Lucas Vasconcellos
Backing Vocal – Tai Fonseca
Guitarras, violão, viola, synths, percussão, voz por Sarah Abdala
Guitarras em “Ave Sem Ninho” e “Seio Azul” por Felipe Fernandes

Todas as composições de Sarah Abdala
“Migrante” – Sarah Abdala e Tai Fonseca
Capa por Rodrigo Alarcon

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