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Lançamento | Rapadura: Universo do Canto Falado

Em uma sonoridade com repente, embolada, baião, beat, pop world, funky, acid jazz, “Universo do Canto Falado” traz Rapadura costurando suas rimas e tecendo sua palavra: o louvor ao seu lugar, sua origem, sua batalha e a esperança de um Nordeste mais forte.
Foto Divulgação por Eddie Silva

Universo do Canto Falado” é o nome do segundo disco do rapper cearense Rapadura.

O nome deste trabalho já diz muito sobre como ele é ao todo, mas é só ouvindo tudo que você compreende que esse universo é muito mais amplo e muito bem trabalhado. Cada canção explora sonoridades diferentes, percorrendo um reportório vasto de toda a música brasileira, principalmente do Nordeste e Norte.

Rapadura e Carlos Cachaça (produtor do disco) trabalharam firme para compor tudo como se fosse algo único. Mesmo que cada música funcione muito bem sozinha, somente juntas são capazes de nos fazer perceber a riqueza e qualidade do trampo desses dois artistas.

“Eu e Cachaça começamos a criar o disco em 2013, mas fomos para o estúdio entre 2018 e 2019. A ideia sempre foi criar um novo universo sonoro a partir da mistura de todas as influências musicais que carrego comigo, como o rap, rock, pop, folk, entre outros. São estilos que aprecio e entramos nesse desafio de trazer algo inovador para o público e sem perder a identidade. Nesse projeto me aprofundei mais no canto, permiti explorar minha voz além do flow, buscar novas melodias, que deixem mais nítidas as canções do meu interior. Algo mágico e profundo. Forte e sincero, como é meu povo”, diz Rapadura.

Capa do Disco

A canção de abertura, “Universo do Canto Falado”, já mostra muito bem essa mistura de ritmos: repente, embolada, baião, teclado, synths, viola caipira e guitarra baiana. Rimas rápidas formando um flow único e cativante, falando sobre o universo que existe entre o concreto e abstrato.

Na segunda música, “Saga Cega”, somos levados para outra sonoridade que agrega o beat, pop world, funky e acid jazz ao regionalismo nordestino levado por sanfona, pandeiro, congas, chocalho e tantos outros instrumentos que formam esse ritmo único.

A quarta faixa do disco é “Olho de Boi”, uma parceria com a banda BaianaSystem. Foi através desta música que conheci o rapper.

Ao fundo guitarras baianas unindo rap, ragga, reggae com o incrível speedflow de Rapadura, a canção apresenta um nordeste psicodélico e místico, fazendo uma representação semelhante à mensagem do filme Bacurau. O amuleto reflete os medos, demônios e como são afastados com a força e luz interior.

Ouça a Canção Olho de Boi

Meu Ceará” é a representação da vida de um batalhador e homenagem a sua terra natal com uma composição que conta o seu fantástico mundo, com uma dádiva divina e a luz do ventre de onde veio.

Universo do Canto Falado” é um disco ácido. Suas mensagens falam do Nordeste, da seca, do agricultor, da mulher rendeira, de todos que lutam por construir algo maior ou apenas sobreviver. Entre o mundo urbano e o mundo do campo, ou da falta do campo. É sempre um paralelo do que existe na terra com o que a terra deveria ser.

Em uma sonoridade com repente, embolada, baião, beat, pop world, funky, acid jazz, “Universo do Canto Falado” traz Rapadura costurando suas rimas e tecendo sua palavra: o louvor ao seu lugar, sua origem, sua batalha e a esperança de um Nordeste mais forte.

No dia que o silêncio imperou e que o cinza tomou conta dos seres e eles se tornaram tóxicos, se fez necessária a recriação do verbo, os motes diversos viam de tão longe que se chocaram com as estrelas e assim deram vida ao universo do canto falado”. (Rapadura)

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