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Resenha | Pedro Pastoriz: Pingue-Pongue com o Abismo

Envolvente nas melodias, profundo nas letras, divertido nas vinhetas. “Pingue-Pongue com o Abismo” faz nosso corpo ir e voltar, nossa mente viajar e regressar para a realidade, nossa boca sorrir e cantar.
Foto divulgação por Tuane Eggers

Pingue-Pongue com o Abismoӎ o nome do terceiro disco solo do cantor e compositor Pedro Pastoriz.

Conheci as músicas de Pedro Pastoriz há alguns anos através da indicação de uma grande amiga, lembro-me dela dizer que as canções eram a minha cara.

Mas afinal, que tipo de música é a minha cara? Então fui lá e dei play no disco “Projeções” (2016). E realmente ela estava certa, aquilo era a minha cara, e desde então eu sou fã de Pastoriz.

Entre 2016 e 2020 ele não lançou mais discos, então era repeat e repeat nos dois primeiros discos. O ano foi se desenrolando e vieram 3 singles: “Dolores”, “Fricção” e “Janela”, e eu ansioso demais pois estava vindo disco novo por aí.

Final de julho chegou “Pingue-Pongue com o Abismo”, não peguei para ouvir de cara, dei um tempo pois queria escrever enquanto ouvia o disco, para tentar passar a sensação mais fiel ao que eu estava sentindo. E a decepção não veio.

Veja o vídeo da canção Fricção

E eu fui levado. Levado pela sonoridade gostosa que acometeu meus ouvidos, levado pelo ritmo que foi tomando conta do corpo e me fez remexer na cadeira, levado a colocar mais um pouco de vinho no copo de requeijão, levado pelos assobios da canção “Sessão das Sete”.

A harmonia foi se fazendo presente faixa a faixa. Arranjos às vezes simples, outros mais trabalhados, flutuando por algo como pop psicodélico e um pouco de mpb mais clássica, um jazz com metais penetrando aos poucos e formando novos sons e proporcionando novas sensações.

O que eu sempre admirei em Pedro Pastoriz foi sua força de composição. Todas as letras trazem uma carga muito interessante, mas variam no tema, pois encontramos algo mais romântico e afetivo e também uma sonoridade urbana que ecoa forte e visceral.

Pingue-Pongue com o Abismo” me parece muito íntimo, algo próximo ao âmago, de quando colocamos para fora aquilo que está preso e asfixia nossa mente, nosso ser. Mas ao mesmo tempo é um disco divertido com suas vinhetas que quebram um pouco o fluxo e tornam tudo mais leve.

O Disco

Capa do disco por Talita Hoffmann. Foto por Tuane Eggers

O álbum foi gravado no segundo semestre no Estúdio Canoa, por Gui Jesus Toledo (engenheiro de som, mix, master), e conta com produção de Arthur Decloedt (baixo, synths e vinhetas), Charles Tixier (mpc, percussões, samples e vinhetas) e do próprio Pedro Pastoriz (voz, violão e backing vocals).

A capa foi desenvolvida pela designer Talita Hoffmann, que compôs a arte a partir da foto tirada por Tuane Eggers. A direção artística é de Alexandre Matias. Um lançamento pelo selo RISCO, “Pingue-Pongue com o Abismo” ainda contou com as participações de Lydia Del Picchia (canta em “Lydia Réplica”), Fausto Fawcett (canta em “Faroeste Dançante”) e Tomas Oliveira (taças em “Fricção”).

Envolvente nas melodias, profundo nas letras, divertido nas vinhetas. “Pingue-Pongue com o Abismo” faz nosso corpo ir e voltar, nossa mente viajar e regressar para a realidade, nossa boca sorrir e cantar.

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