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Resenha | Filanos: Maral

“Maral” é mar aberto. É leveza, suavidade e mesmo assim a potência de acordes e harmonias. Se eu pudesse estar em qualquer lugar, eu estaria ouvindo “Maral”, pois as horas já não passam e o tempo é muito curto para esperar.
Foto Divulgação

Maral” é o nome do segundo disco da banda cearense Filanos.

Não recordo quando a Filanos chegou para mim, só me lembro de dar o play no Youtube e ficar simplesmente encantado pelo o que estava vendo e ouvindo.

Sabe aquele sentimento arrebatador de ouvir uma música pela primeira vez? Aquele que por mais que você ouça milhares de vezes, o sentimento não vai ser mais o mesmo? Eu ainda me lembro dessa sensação, e sempre fico feliz quando penso nela.

Eu preciso te encontrar, eu preciso te dizer, o que aprendi com você”. (Canção “Vai Saber”)

Eu precisava encontrar esse disco, e ele veio até mim.

Assista ao clipe da canção Vai Saber

Você pode gostar do estilo de música que for, mas com certeza irá gostar também de “Maral”. Muita gente acha que discos “fáceis de gostar” são irrelevantes, mas é o contrário. Fazer algo que muitas pessoas vão apreciar são para poucos. A Filanos conseguiu isso, ao ouvir pela primeira vez você irá entender.

É incrível a forma que o disco se apresenta com suas canções, foi impossível não criar paisagens em minha cabeça a cada música que tocava.

Eu estava na praia, relaxado, sentindo aquele prazer inestimável de ter tempo para refletir e me encontrar. Depois estava no banco do carona do carro, na estrada, olhando pela janela, contemplando o que passava rapidamente pela minha vida e que logo iria desaparecer.

Ilustração de Divulgação

Maral” é límpido, é livre. Somos levados pelo balanço das notas e melodias que vão se apresentando, algumas vezes como MPB, outras como aquele rock excelente que é característico das bandas cearenses, com pitadas também de folk e pop.

Se Eu Pudesse Estar”, quinta faixa do disco, é aquela que arrebata a gente. Nos deixa introspectivos, pensando em como as coisas estão e como queríamos que elas fossem. É uma canção incrível, marcada pela sonoridade agradável do violão e pela potência magistral do violoncelo. Imagine uma música feita com o que há de melhor das bandas britânicas Seafret e Amber Run, essa canção certamente seria “Se Eu Pudesse Estar”.

O Disco

Capa do Disco

Antes do lançamento oficial, cinco singles foram liberados: “O Vento”, “Fotos”, “Ponto de Vista”, “Somos Tão Fortes” e “Vai Saber”. O álbum foi produzido por Rafael Martins, integrante da banda Selvagens à Procura de Lei.

A capa do disco, assim como as músicas, tem uma relação conceitual: “um menino conhecendo o mar, todo o mistério e todo esplendor, alma despida, assim como seu ser, o vento maral permeando sua pele, desafiando-o a estar.” – descreve o vocalista Caio Braga.

Maral” é mar aberto. É leveza, suavidade e mesmo assim a potência de acordes e harmonias. Se eu pudesse estar em qualquer lugar, eu estaria ouvindo “Maral”, pois as horas já não passam e o tempo é muito curto para esperar.

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