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Resenha – Álbum | Ga Setubal: Via

Em “Via” você começa no espaço e termina apaixonado pelas tonalidades que apresentam uma “música brasileira raiz-modernizada” com viagens de synths e mensagens cruas de um compositor que se entrega para a sua canção.
Foto divulgação por Helena Wolfens.

Via” é o nome do primeiro disco solo do músico, cantor e compositor Ga Setubal.

Abril. 2020.

Recebo a mensagem: “amigo, olha isso, acabei de descobrir aqui, o clipe é a sua cara, você vai adorar”.

Era “Artéria de Titã”, de Ga Setubal.

Um clipe maravilhoso. Lembro que defini como “estética vaporwave e uma doidera alucinógena impressionante”, e até hoje continuo pensando a mesma coisa. Parabéns a Ga Setubal, Juka Tavares (produção), Lufe Bollini (direção, roteiro, montagem, efeitos especiais) e Rafael Avancini (fotografia).

Outubro. 2020.

Via” chega. Chega de uma viagem em espiral, pega pela mão e leva a gente de volta por aquele caminho de onde veio. A partir daí é uma jornada sonora e sensorial, afinal é impossível não ouvir cada uma das canções sem criar paisagens em nossa cabeça, e pode ter certeza que cada uma será mais louca que a outra.

Ga Setubal conduziu tudo de forma formidável. Os fluxos ressoantes nos colocam em um lugar um pouco vulnerável, pois nunca sabemos bem o que algumas experimentações podem nos causar. Mas fique tranquilo, com o tempo você já estará contemplado por tudo o que estiver ouvindo, seja os acordes da guitarra, as notas do piano ou o estampido do sintetizador.

E nesse emaranhado de sentimentos que vai nos atingindo ao longo do caminho, temos gratas surpresas. Quem diria que em meio ao som estridente do sintetizador e o groove da guitarra na faixa “Tempo em Transição” seríamos agraciados por acordes e percussões muito brasileiras, numa breve viagem ao universo do samba e bossa nova.

Assista ao clipe de Artéria de Titã

Via” é realmente um caminho esplendoroso. E depois de percorrer se torna sem volta. Você nunca mais irá pensar em Ga Setubal sem lembrar deste disco maravilhoso que é capaz de misturar os tons psicodélicos com jazz, como na canção “Chuva e Ócio”, e as distorções com o baião, como na incrível “Decassílabas”.

O Disco

Capa do disco. Foto por Helena Wolfenson e arte por Guga Szabzon.

Via” foi ganhando forma ao longo dos anos, feito aos pouquinhos, por isso conta com gravações feitas em casa e nos estúdios El Rocha, Carbono Sound Lab, Lamparina, Canoa, MusicAholic, Cachuera e Trampolim.

Foi produzido por Lourenço Rebetz, Charles Tixier e Ga Setúbal, com mixagem de Victor Rice e masterização por Fernando Sanches, além da participação especial da maravilhosa Luiza Lian na faixa “Volúpia Pura”.

Em “Via” você começa no espaço e termina apaixonado pelas tonalidades que apresentam uma “música brasileira raiz-modernizada” com viagens de synths e mensagens cruas de um compositor que se entrega para a sua canção.

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