
“JUPITER” é o nome do primeiro disco solo de Riegulate, projeto musical de Rieg Wasa.
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Estados Unidos. Alemanha. João Pessoa. Júpiter.
O que todos esses lugares tem em comum? Uma ligação sonora criada por Riegulate, projeto do músico, compositor e produtor Rieg Wasa, nascido nos Estados Unidos, que cresceu na Alemanha e escolheu João Pessoa como lar.
“JUPITER” não é apenas um registro, é um marco. Este trabalho é extremamente significativo na trajetória de Riegulate, pois traz todo um reportório fantástico de influências e experimentações que tornam toda essa viagem muito lisérgica e desvairada.
São camadas sonoras posicionadas entre beats e sintetizadores que oras fritam nossa mente e outras aparecem num ritmo em transe com toda uma estética espacial e de cyberpunk.
Referenciado sci-fi e muitos níveis de psicodelia, “JUPITER” é uma obra sideral, carregada de influências de pop dos anos 80, mas com toda a pegada “pra frentex” que Rieg Wasa conseguiu mesclar em cada uma das faixas.
Como em todo disco, cada canção tem seu papel, em “JUPITER” cada uma funciona para contar a trajetória de um astronauta perdido no espaço indo em direção ao planeta Júpiter, o maior do sistema solar.
Assista ao vídeo da canção 7 Billion Souls
O Disco
As 9 faixas foram criadas ou desenvolvidas dentro da primeira temporada do projeto #30dias30beats e misturam muita música eletrônica com ambiência psicodélica e cheia de synths e beats, hora dançantes, outras experimentais.

“JUPITER” foi todo composto, editado, mixado por Riegulate entre 2019 e 2020, seja sozinho em sua casa, ou utilizando horas extras no BBS Estúdio. A capa foi feita pelo designer paraibano Diogo Galvão. É um lançamento pelo selo Hominis Canidae REC.
As viagens pelo sistema solar sempre foram um fascínio e almejo do ser humano. Riegulate conseguiu, finalmente, chegar a “JUPITER”. E de todas as viagens espaciais que o homem pode fazer, este disco com certeza é a melhor sem precisar sair de casa.
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Faixa a Faixa
A Personal Voyage:
A viagem sonora começa com “A Personal Voyage”, canção inspirada no doc “Cosmos” (1980), de Carl Sagan (assista o clipe). A faixa mais contemplativa do álbum foi composta no último dia do projeto #30dias30beats de 2019 e segundo Riegulate: “Foi bem significativo pra mim ter conseguido concluir o projeto dentro dos 30 dias, aprendi bastante sobre produção musical, o processo criativo e sobre mim mesmo. Nessa música tentei expor um resumo de todos os estilos e todos os sentimentos que vivenciei nesses 30 dias”.
Night at the Opera:
Na segunda faixa “Night at the Opera”, temos uma faixa curta, quase uma vinheta, criada em 2009 pelo artista. O nome e a ideia vieram da cena da Ópera no filme O Quinto Elemento.
7 Billion Souls”:
A terceira faixa “7 Billion Souls” (1º single clipe lançado), foi criada no último dia do #30dias30beats de 2020. Foi feita na solidão do início da pandemia da Covid-19 no Brasil, com emoções à flor da pele e muita incerteza no futuro, como nos contou o artista: “Tanto a música, quanto o clipe foram produzidos num dia só e bem no início da pandemia e o lockdown aqui na Paraíba. Todo mundo inseguro e com medo do que poderia chegar a acontecer, as incertezas e o recorrer a tecnologia para se sentir cuidado. Do nada temos lives todo dia, reuniões da empresa e da família no zoom, conectados sempre em todo lugar da casa, enquanto lá fora, o mundo está desmoronando. Estamos em um buraco negro”.
Pigments:
Em “Pigments”, quarto tema do álbum, bate a incerteza da viagem. As cores já não são as mesmas, os pigmentos, tudo se transformou, “O buraco negro não é o que começo e nem o fim, ele apenas é”, conta Riegulate. A canção também é uma homenagem a banda Air.
Midnight Hour:
“Midnight Hour” talvez seja a faixa mais new wave do álbum e começou a ser composta em 2014. Nas palavras do artista: “O astronauta solitário está descobrindo novas fronteiras, perdido no vácuo de um buraco negro. Mas, também sem nada a perder, ninguém esperando em casa, a solitude do abismo é aonde se sente em casa”.
Soft Synth:
Na sexta faixa, “Soft Synth”, nosso viajante começa a receber frequências estranhas, interferências de algum lugar suave. “ritmos não legíveis, ondas difíceis de enxergar. Mas, eles parecem felizes, parecem bem”.
Past Time:
Em “Past Time”, outra canção que começou a ser composta em 2014 e uma música irmã/ espécie de continuação de “Midnight Hour”. É quando depois de anos no espaço sideral, observando apenas o abismo do vácuo da galáxia, nosso viajante se depara com alguma civilização. “Encontramos vida, Bora lá”!
Rocking On Mars:
O oitavo tema “Rocking On Mars”, é a tentativa de entender o novo mundo em que estamos entrando. “Novas tecnologias, novos costumes, novas ondas. Estou vendo mudar, mas não estou enxergando mudanças ainda”, fala Riegulate.
Júpiter:
“Júpiter”, última faixa do álbum/viagem e mistura o passado com o presente e quem sabe um futuro não tão diferente assim?! É Rock, new wave, synth gótico, tudo junto. A canção foi composta em 2019, mas foi remixada e finalizada numa fita cassete esse ano. Ou seja, é realmente o passado, o presente e algo do futuro, todos juntos.
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