“Nu Azeite” é o nome do primeiro disco da dupla carioca Nu Azeite.
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Ritmo [substantivo masculino]
Sucessão de tempos fortes e fracos que se apresentam alternada e regularmente; cadência, compasso: ritmo poético.
[Música] Modo harmônico de dispor os tempos entre uma movimentação e outra; marcação do tempo de um gênero musical.
É nesse universo que você adentra logo no início do disco, “Vem Com Noix”, música de abertura, é a melhor forma possível para você sentir a atmosfera sensacional que o álbum traz. Vai ser impossível ouvir e não sentir a energia tomando conta do corpo e os movimentos aleatórios de dança irem surgindo naturalmente.
O ambiente é todo propício para a nostalgia. Nu Azeite traz o boogie brasileiro dos anos 70 e 80 para a nossa década. Não é apenas uma homenagem, é a tentativa de manter vivo este estilo tão importante para a cultura negra (principalmente carioca) com novas músicas para além dos clássicos que já conhecemos.
Assista ao Clipe da Canção Vem Com Noix
O ritmo blues, o eletro boogie, a dance music eletrônica, a house, o jazz funk, o nu-disco, o pós-disco. Você pode definir Nu Azeite com qualquer um destes estilos e até muitos outros, mas prefiro dizer que este disco traz o melhor de cada um deles.
Você deve conhecer o clássico “Boogie Wonderland” da banda Earth, Wind & Fire, Nu Azeite tem um disco todo assim, com swing, groove e soul, só que com muito mais eletro pop.
“O álbum surgiu de uma vontade minha e do Fabinho de produzir alguma coisa original nessa onda de boogie, disco funk brasileiros e música eletrônica moderna. Estávamos vendo que a maioria das coisas que saíam desta música eram ou bootlegs ou edits de músicas antigas. Queríamos fazer um lance com vocais e composições originais, uma vontade nossa de fazer uma nova música brasileira baseada na releitura do estilo dos anos setenta e oitenta” – conta Bernardo Campos, metade do Nu Azeite.
Se envolver e se entregar à sonoridade que este álbum traz é garantido. A viagem para os bailes blacks também está assegurada. Quero ver se você tem a cara de pau de dizer que não amou esse disco!
Eu sou dos anos 90, não vivi a época em que grandes nomes da música brasileira figuraram no boogie até mesmo fora do país, mas sou grato pela tecnologia me proporcionar visitar esses músicos que fizeram sua história no país (muito nem são reconhecidos por isso). Também sou grato por hoje, 2021, poder ouvir novas canções que reverberam este estilo. Obrigado Fabio e Bernardo por me proporcionarem isso.
O Disco
O encontro entre os dois surgiu de um booking fracassado, um cruzeiro para Fernando de Noronha que nunca aconteceu, para o qual ambos foram consultados para tocar. A viagem ao paraíso não rolou, mas conectou os dois.
De um lado, Fabio Santana, um músico experiente, que já tocou teclado com medalhões da MPB como Marcos Valle, Elza Soares, João Bosco, Lenine, entre outros, além de ser dono do Estúdio Nave, um dos mais bem-frequentados desta geração.
Do outro, Bernardo Campos, residente da festa Rara, um carioca da gema, sim, mas que vira e mexe divide cabines com nomes como Moodymann, Laurent Garnier, Derrick May, Carl Craig, Kenny Dope, Derrick Carter, Detroit Swindle, Miss Kittin, entre outros.
Nu Azeite, que acaba de chegar à família Cocada Music, braço latino-americano do selo alemão Get Physical, garantia de música de pista de qualidade desde 2002.
O álbum conta com a participação de Bia Barros cantando na faixa “Me Deixa Louca” e foi mixado e masterizado por Pedro Tie.
Ecoar um legado. Nu Azeite traz essa proposta para a sua música, extremamente assertiva e com todo o gingado que não deixa a desejar a nenhum grande nome do boogie brasileiro.
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