“Talvez Seja Só Eu” é o nome do primeiro disco do projeto – de mesmo nome – do músico carioca Bruno Benzaquêm.
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Imergência.
Logo de início já estamos lá dentro, compenetrados. “Nota Mental Alt”, que abre o disco, é a alternativa que traz aquela máxima de cativar a atenção mental logo no começo com algumas notas.
Notas que são mais exploradas ao decorrer de cada uma das músicas, percorrendo o pop brasileiro e também a MPB, mas o disco é bem mais versátil que isso.
“Talvez Seja Só Eu” traz um conjunto com camadas eletrônicas que criam novas atmosferas para as canções. Encontramos, em uma das perspectivas, um “quê” bem lo-fi e alguns flertes com a psicodelia, não é o foco do disco, mas gosto muito quando esses elementos são adicionados nas canções.
O disco é todo independente e gravado por Bruno Benzaquêm, algumas partes até de forma inusitada. Para dar um tratamento rústico e respeitar a acústica da voz, as gravações com microfones condensadores foram feitas dentro de um armário de casacos, com Bruno trancado dentro dele com um fone sem fio.
A canção “Somos Amigos”, uma das minhas preferidas do disco, contém somente dois acordes no violão e têm a utilização deste instrumento também ligado ao efeito Bitcrusher, que dá o som ríspido. A música também contém um instrumento inusitado, o interruptor do quarto é utilizado como o aro de uma caixa de bateria. O som fora gravado e processado pelo sintetizador para ser controlado, isso apareceria mais tarde em outras músicas.
“Talvez Seja Só Eu” tem produção pelo próprio Bruno Benzaquêm e mixagem por Filipe Cretton e Marcelo Vig. Essa capa foda pra caramba é uma arte produzida pelo pintor Miguel Morgado.
Preferidas: Chora Sim, Somos Amigos, Seja Cruel Comigo.
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