
“Homo Pacificus” é o nome do primeiro disco solo do músico sergipano LUNO, ex-baixista da lendária Plástico Lunar.
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Prenúncio.
Substantivo masculino.
Anúncio ou prognóstico; o que prevê um acontecimento ou anuncia a sua realização por meio de indícios.
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É com “As Corujas – Parte 1 (Prenúncio)” que o músico abre o disco. É através delas, as históricas mensageiras, que chega para nós o recado, o som, as sensações de LUNO.
Dentro dessa mensagem está, com toda a certeza, o passaporte para viagens extremamente lisérgicas, carregadas de experiências malucas e alucinantes, todas proporcionadas através do som. Afinal, a música pode ser facilmente a droga mais viciante de todas e o portal para o relaxamento extremo, ou até para a paranoia.
LUNO explorou todo seu repertório para trazer canções que fossem capazes de nos cativar, capazes de trazer as sensações mais diversas, indo da paz interior até a perturbação do cérebro. São camadas e camadas de sintetizadores fazendo dupla com guitarras e também com baixos, que por vezes soam barulhentas, mas também são capazes de apresentar melodias muito animadas e dançantes.
E dessas facetas dançantes percebemos algumas influências de LUNO, como Mutantes, Som Nosso de Cada Dia e Beatles. Do lado mais psicodélico é impossível não lembrar da lendária banda Ave Sangria.
Veja o lyric vídeo da música Troféu Nada Sou
“Homo Pacificus” adentra nas sonoridades sofisticadas do jazz em meio ao rock e à psicodelia nordestina, também viajando por atmosferas místicas da música indiana. As letras navegam por crenças, expectativas, decepções e a busca por equilíbrio e soluções para o mundo.
LUNO apresenta “Homo Pacificus” como um álbum conceitual questionando construções sociais:
“É um disco conceitual, que clama por uma existência mais harmoniosa entre o ser humano, sua psique, desejos e paixões”, conta o músico.
O Disco

Para compor este disco incrível, LUNO formou um power trio, sendo composto por ele (baixo, vocal e backing vocal), Gabriel Perninha (bateria) e Leo Airplane (piano, mellotron, sanfona, sintetizador, programações e backing vocal), que também foi responsável pela produção do disco, mixagem e masterização.
“Homo Pacificus” foi contemplado no Edital Prêmio Janelas Para as Artes, da Prefeitura de Aracaju, por meio da Funcaju (Fundação Cultural Cidade de Aracaju), com recursos da Lei Aldir Blanc. Foi concebido entre 2019 e 2020 com gravações nos estúdios Orí Estúdio e Disco de Barro, ambos em Aracaju (Sergipe).
Impossível entranhar-se em “Homo Pacificus” e sair ileso. Ao mínimo você irá viajar, e muito, pois as doses cavalares de lisérgicos sonoros te tomam por completo, mas acredite, é possível sair mais reflexivo do que entrou.
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